A primeira noite da Queima das Fitas do Porto 2009 ficou marcada por uma enchente de estudantes, não só da academia portuense, como de vários outros pontos do país.

Num ambiente quente [Vídeo], em que as primeiras emoções se viveram na Monumental Serenata, a lua matizou o Queimódromo com a ajuda dos muitos jovens que começaram a chegar em massa a partir das duas da manhã de domingo. Mas à meia noite, altura em que os Skeezos deram vida ao palco, circular no Queimódromo já se tinha transformado numa tarefa difícil.

Queima do Porto no JPN

Até domingo, dia 10 de Maio, o JPN vai acompanhar os momentos mais emblemáticos da Queima das Fitas do Porto 2009. Das noites no Queimódromo às vibrações do Cortejo, passando pela música do FITA, não percas tudo o que interessa saber sobre a semana mais longa da academia do Porto.

Até os Skeezos estavam “a contar com menos gente, tivemos aqui uma massa de gente enorme”, confessou João Rosas, o vocalista da banda, que descreveu o concerto que abriu a noite no Queimódromo como “a melhor coisa que alguma vez fizemos na vida a nível musical”.

O grupo, que venceu o concurso de bandas de garagem da FAP, não escondeu a emoção por, depois de vários anos a viverem a Queima enquanto estudantes universitários, terem pisado o palco do Queimódromo. “No ano passado a esta hora estávamos bêbados lá fora”, confidenciou João Rosas. “Isto é completamente novo! Não imaginávamos isto, mas espero que possamos repetir”, completou.

Os Skeezos inauguraram uma noite que quase todos apelidaram de “intensa” e que ficou marcada, ainda, pela presença de David Fonseca. Pela terceira vez consecutiva, o cantor fez vibrar o recinto e não escondeu que, desta vez, sentiu uma responsabilidade maior.”Abrir a Queima das Fitas é uma responsabilidade muito grande porque importa que seja um começo bom. E acho que o conseguimos!”, sublinhou.

No palco, o músico de Leiria recordou músicas dos Silence Four e revelou algumas das histórias que marcam a sua carreira. Em conferência de imprensa, David Fonseca assinalou também a “relação muito pessoal” que tem com o Porto. “Gravei aqui muitos discos, tenho uma relação muito forte não só com a Queima, mas com a cidade”, disse.

As expectativas em relação à semana da Queima estavam, então, em alta e a primeira noite não desiludiu. João Machado tem 22 anos, estuda medicina dentária na UP e, atrás do balcão laranja e amarelo da barraca “Kellyfornication”, avaliava o panorama: “está a superar as expectativas, estávamos à espera de muita gente, mas nem tanta”, destacou.

Apesar de o trabalho na barraca não lhe permitir “aproveitar a Queima em pleno”, João espera poder divertir-se e vibrar com os concertos, como aconteceu “com o David Fonseca, que foi muito bom!”

Tal como Ivo Pereira, 21 anos, estudante de Ciências da Comunicação no ISMAI, a maioria dos jovens não vai à Queima pelo cartaz que “está fraco, comparativamente aos outros anos”. A Queima “vale muito mais pelo ambiente e pelo convívio com pessoas de outras
faculdades”, aponta o jovem.

No regresso das barraquinhas, dos pães com chouriço e dos cachorros quentes ao pequeno-almoço, Nelson Leite, fisioterapeuta de 24 anos, revela que, embora nunca tenha sido aluno na academia do Porto, não perde a oportunidade de “aproveitar a Queima ao máximo e
intensamente.” Também Marta, aluna de segundo ano na FEUP, quer viver uma semana “em grande” e deixa a promessa: “não vou faltar nenhuma noite!”