Terminou esta sexta-feira, no Porto, o primeiro Congresso Internacional de Cuidados Paliativos Pediátricos promovido pela Universidade Católica Portuguesa. Na tarde do último dia, assistiu-se à apresentação de um estudo investigativo sobre estes cuidados nas crianças, com a presença de quase toda a equipa responsável pelo trabalho.

O que são os cuidados paliativos?

Os cuidados paliativos são os apoios dados a indivíduos com doenças incuráveis, em estado de intenso sofrimento. Servem para proporcionar ao paciente as melhores condições possíveis a nível de bem-estar e qualidade de vida.

Entre as conclusões tiradas pelo estudo conta-se a sugestão de “criar uma task force” dedicada a “fomentar a consciência” sobre o assunto em Portugal e estabelecer um “programa de formação contínua”.

O estudo, patrocinado pela Fundação Gulbenkian e com o apoio do Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa, abrangeu inquéritos a “37 serviços de saúde espalhados pelo país”. Para além destes, o estudo baseou-se também “numa bibliografia extensa” e “visitas a hospitais fora do país.”

Traçando um resumo das conclusões do estudo, Marta Brites considerou que “as instituições estão receptivas” a uma maior exploração do assunto, Admite, contudo, que, “estruturalmente” os cuidados paliativos pediátricos ainda não estão bem explorados no país. “Os profissionais já têm atenção a esta faceta, mas é preciso mais educação, formação e treino”, alertou a investigadora.

“Quando se fala de cuidados paliativos, as pessoas tendem a pensar logo no geriátrico” rematou Marta Gomes “mas esta componente é também muito importante nos serviços pediátricos.”

Para além da apresentação, a palestra contou também com três pequenas intervenções por parte de Maria João Gil Da Costa (Hospital S. João), Ana Lacerda (Instituto Português de Ontologia – Lisboa) e Ana Maria Ferreira (Instituto Português de Ontologia – Porto), que explicaram um como funcionam os cuidados paliativos pediátricos nas suas instituições.