Uma enchente de estudantes, pais, parentes e familiares, fãs de rock ou meros curiosos. Esta quinta-feira, os Xutos & Pontapés arrastaram, mais uma vez, uma multidão bastante heterogénea para o recinto da Queima das Fitas do Porto.

“Vocês não sabem o que significa para nós estar na melhor Queima do país.” Foi sob esta epígrafe que os lisboetas Klepht abriram a antepenúltima noite da Queima das Fitas de 2009. Por volta das 22h30, os ecrãs situados ao lado do palco começaram a mostrar à audiência o percurso da banda até pisar o palco.

Queima do Porto no JPN

Até domingo, dia 10 de Maio, o JPN vai acompanhar os momentos mais emblemáticos da Queima das Fitas do Porto 2009. Das noites no Queimódromo às vibrações do Cortejo, passando pela música do FITA, não percas tudo o que interessa saber sobre a semana mais longa da academia do Porto.

“Embora Doa” e “Por uma noite” foram algumas das músicas que o público acompanhou com entusiasmo. Durante uma hora de espectáculo, o vocalista Diogo Dias dedicou uma música aos finalistas, fazendo ainda um tributo a todas as pessoas do Norte.

Já depois da meia-noite chegou um dos momentos mais aguardados: a entrada em palco dos Xutos & Pontapés. A comemorar 30 anos de carreira, a banda de Tim e Zé Pedro apresentou grande parte do fresquíssimo 12.º álbum e arrastou pais e filhos para o Queimódromo. “Quem é quem”, “Sem eira nem beira” e “O falcão” foram alguns dos temas ouvidos na noite de quinta-feira.

O concerto caminhava para o fim, mas o público não se cansava. “Cantem músicas conhecidas!”, gritavam. Os Xutos & Pontapés aceitaram o desafio e seguiram-se os momentos mais altos da noite ao som de “Mundo ao contrário”, “Contentores” e “Chuva Dissolvente”.

“Foi a primeira vez que vi os concertos até ao fim e gostei mesmo muito”, afirma Dinis Rebelo, estudante da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Relativamente ao espectáculo de duas horas dos “Xutos”, o jovem não censura a apresentação das novas músicas. “Se for sempre a mesma coisa acaba por se tornar cansativo”, declara.

“A noite de queima perfeita”

No sexto dia desta edição da Queima das Fitas do Porto, o JPN foi tentar perceber qual seria a noite de queima perfeita para os estudantes. Para Susana Leal, da Universidade Lusófona, o dia ideal seria aquele em que “as ambulâncias funcionassem muito pouco.” “Há gente que não sabe beber e isso é muito mau”, ressalva a jovem.

“Uma noite de queima perfeita é uma noite com alegria, com muito convívio e com um bom espectáculo”, defende Sérgio Almeida, da Universidade de Aveiro. Contrariamente, a futura psicóloga Ana Ribeiro acredita que “não há noite de queima perfeita”.

Com mais ou menos perfeição, com mais ou menos excessos, a noite de quinta-feira foi vivida pelos estudantes até às 6h00, quando as barracas das várias faculdades começaram a fechar.