Conhecer o funciomento da transformação das células em células malignas para ajudar a perceber as teraupêuticas de doentes com cancro no estômago. É este o objectivo de um estudo da Instituto de Patologia e Imunologia da Universidade do Porto (IPATIMUP), que representa mais um avanço na investigação deste tipo de cancro.

Realizada em parceria com a a Roskilde University, na Dinamarca, e o Institute Pasteur, em França, a investigação constitui um avanço para o estudo da doença, pois permite “identificar melhor os indivíduos que estão em risco” e “determinar melhor qual é o prognóstico da doença”, afirma Raquel Seruca, investigadora do IPATIMUP.

O estudo permite provar o comportamento das células infectadas pelo Helicobacter pylori, uma das infecções de risco do cancro do estômago, e a sua mutação. “A grande novidade do estudo é perceber melhor a biologia da transformação de uma célula normal numa célula maligna causada por uma bactéria que coloniza o estômago”, destaca a investigadora do IPATIMUP.

Para a cientista, esta investigação é “um passo de formiga”, porque “não existem milagres” em relação à cura do cancro. “Só com passos consistentes de formiga é que é possível chegar a algum lado”, acrescenta ao JPN.

De acordo com o jornal “Público”, 65 por cento dos casos de cancro do estômago estão ligados ao Helicobacter. A doença afecta os vários países de todo o mundo, incluindo Portugal.