Ser “um espaço de passagem” e não de “elite”, recuperar e dinamizar a galeria comercial e atrair um público alvo variado, centrado nos jovens. São estes os objectivos descritos ao JPN pela administradora de insolvência do Trindade Domus Gallery, Emília Manuela, depois de um processo declarado a Martinho Tavares, proprietário do imóvel, que se estende desde 28 de Maio do ano passado.

“Os imóveis pertencem novamente à massa insolvente de Martinho Tavares”, declara a responsável sobre o destino do Domus. Quanto ao futuro do projecto, a administradora de insolvência revela que vão ser desenvolvidos “contratos que estavam em stand-by“. “Estamos a analisar contratos muito interessantes no âmbito da banca e dos seguros que fazem sempre dinamizar. Vão trazer gente que vai ajudar a desenvolver a galeria”, revela a responsável.

O processo de insolvência

De acordo com a edição de quinta-feira do Jornal de Notícias, foi declarada a insolvência do Trindade Domus Gallery a 28 de Maio de 2008. De nada valeram os recursos de Martinho Tavares, proprietário do imóvel, ao Tribunal da Relação e ao Supremo Tribunal. Ambos foram recusados. Martinho recorreu novamente e ainda aguarda resposta. Entretanto, o Domus Gallery tem dois credores. Para concluir e dinamizar o complexo, a administradora está à espera do despacho definitivo.

Com o apoio financeiro do Banco Espírito Santo (BES), credor hipotecário, o complexo pretende recuperar da situação actual e resolver as situações que estavam a “prejudicar os lojistas”.

Contam-se pelos dedos as lojas abertas no Trindade Domus Gallery. Até mesmo o ginásio Active Life, um dos maiores investimentos feitos na galeria comercial, fechou porque os proprietários “estavam cansados” da situação, revelou Emília Manuela.

As lojas do Trindade Domus Gallery vão ser futuramente reocupadas e os “lojistas não vão sair”, garante a administradora de insolvência, que não deixa de falar de um “renascimento” do complexo.

A ambição principal está na galeria comercial, um espaço para “desenvolver” e “dinamizar” recorrendo a “publicidade” e a “iniciativas”. “A galeria é o centro de entrada e é bom que seja atractiva e que esteja ocupada”, concretiza Emília Manuela.