Os problemas, possíveis soluções e potencialidades económicas da Guiné-Bissau vão estar em debate, na próxima terça-feira, nas instalações do Curso de Ciências da Comunicação (CC) da Universidade do Porto (UP).
A iniciativa – intitulada “Entrevista Aberta – Guiné Bissau: Análise dos Contextos 2009” – partiu de Jorge Marinho, professor do curso de CC, na sequência dos “apelos à comunidade internacional para procurar resolver a situação grave da Guiné-Bissau”.
Nesse sentido, pretende-se “lançar a discussão acerca da actual situação de instabilidade social e política deste país”, sobretudo após o golpe de Estado que, no passado mês de Março, lançou o país numa nova era de desenvolvimento e culminou com a morte de Nino Vieira.
Guiné-Bissau: Alguns dados
Área total: 36 544 km²
Capital: Bissau
Moeda: Franco CFA da África Ocidental
População: 1.472.446 habitantes
Língua: português e crioulo da Guiné-Bissau
Limites fronteiriços: a norte com o Senegal, a este e sudeste com a Guiné e a sul e oeste com o oceano Atlântico.
A juntar a isto, Jorge Marinho acrescenta que a importância da montra africana para a política externa de Portugal e da União Europeia é “enorme”, sobretudo no que toca à produção de matérias-primas, desaproveitadas no contexto actual da Guiné-Bissau.
“África tem uma enorme importância, hoje em dia, no plano de desenvolvimento a nível internacional tanto de Portugal como da própria UE”, refere o especialista em Ciências da Comunicação, realçando que “as potências emergentes, nomeadamente China e Índia, procurarão matérias-primas no continente africano”.
A conferência da próxima terça-feira [ver cartaz] abordará ainda o capítulo da colonização portuguesa e das ligações culturais entre Guiné-Bissau e Portugal, numa discussão que contará com a presença de Philip Havik e Paula Pinto, especialistas em matéria de estudos africanos,. O debate será moderado por Jorge Marinho e por Cristiana Afonso, finalista de CC e actual colaboradora do JPN.