A equipa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e do Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI) voltou a vencer a categoria “urban concept” da Shell Eco-Marathon. A competição automobilística realizou-se no circuito de Lausitz, na Alemanha.
Depois dos triunfos nas três últimas edições na zona europeia da prova, a FEUP/INEGI voltou a dominar a categoria para carros movidos a gasolina de 95 octanas. Em declarações ao JPN, José Esteves, responsável pela equipa, refere que a vitória traduz o bom trabalho desenvolvido na área da engenharia mecânica e uma “evolução constante”.
“É um trabalho continuado de uns anos para os outros. Vamos evoluindo e vamos conseguindo manter-nos no topo quanto à evolução tecnológica”, afirma, não esquecendo a importância da “formação dos alunos da FEUP ao nível de actualização da investigação e da capacidade técnica”.
Coimbra também dá cartas
Para além da vitória da equipa de estudantes da FEUP/INEGI, também a Universidade de Coimbra arrecadou um prémio na Shell Eco-Marathon 2009. A equipa da UC bateu o recorde Ibérico de distância apenas com um litro de gasolina de consumo na categoria de protótipos. Uma conquista apelidada por José Esteves como “bastante boa”.
A viatura usada pela equipa da FEUP/INEGI percorreu 343 km com apenas um litro de gasolina de 95 octanas. Um desempenho que poderá atrair atenções das grandes construtoras. “Estou convencido que as grandes construtoras estão perfeitamente a par do que nós fazemos, já que devem fazer o mesmo tipo de investigação. Mas, neste momento, ainda não encontrámos a maior parte daquilo que é aplicado nestes carros por essas construtoras, tecnologia essa que não passa toda porque ainda há outros interesses em manter um carro que seja mais confortável do que económico, porque os critérios de segurança ainda são o mais importante nos automóveis”, adverte José Esteves.
Questionado sbobre das perspectivas de futuro da equipa FEUP/INEGI, com a natural remodelação dos seus elementos de ano para ano, José Esteves não crê que a qualidade vá cair, tendo, pelo contrário, confiança redobrada nas novas gerações de engenheiros, já que há uma “transição de conhecimentos”.
“O que acontece é que temos alunos do terceiro ao quinto ano, e vai havendo uma transição de conhecimentos dos alunos mais velhos para os mais novos porque os alunos de quinto ano saem este ano e os de terceiro continuam. Estou convencido que vamos conseguir manter a mesma qualidade”, conclui.