Portugal subiu três posições no ranking da universidade suíça Institute for Managment Development (IMD), ultrapassando a Espanha, pela primeira vez desde 2005, bem como a Itália e a Grécia. Os dados divulgados pelo gabinete do PlanoTecnológico colocam o país no 34º lugar, numa lista de 57 países.

Entre os 27 países da União Europeia, Portugal subiu dois lugares face ao 2007, ocupando agora o 16ª posto. O comportamento de Portugal no quadro da União Europeia (UE) só é comparável à Alemanha e à Suécia que também progrediram três posições, sendo, contudo, inferior ao progresso da Lituânia e da Finlândia. Portugal integra assim o grupo dos cinco países da UE que mais melhoraram a sua posição neste ranking.

Luis Ferreira, assessor do Gabinete do Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, encara esta subida como um factor determinante para a situação do país face aos principais concorrentes “Significa que, no contexto global, Portugal se apresenta mais competitivo. Ou seja, no jogo da competitividade, que é um jogo jogado à escala internacional, Portugal está a progredir mais do que outros países, incluindo países que competem mais directamente connosco, que estão no nosso campeonato”, destaca o responsável.

Apesar dos resultados agora conhecidos, o responsável afirma que há ainda muito trabalho a fazer, destacando como prioridade “o controlo do desemprego, a melhoria do sistema de Justiça, a reforma da administração pública e o aumento da competitividade. Luís Ferreira identifica ainda a necessidade de estabilidade política num ano em que o país enfrenta três momentos eleitorais. É muito importante que Portugal não perca o rumo que tem vindo a ser traçado”, afirma

Numa altura em que o país vive a braços com os efeitos da uma crise generalizada, os resultados são encarados por Luís Ferreira como o “tónico ideal” para se continuar o caminho que se vem fazendo nos últimos anos. Caminho esse que “passa pelo investimento público em áreas tão importantes como as Energia, as Redes de Nova Geração ou as infra-estruturas escolares” e numa atenção especial para com o “reforço da competitividade das empresas”.

Projectando um cenário de pós-crise, Luís Ferreira partilha com o Governo a ideia de que as actuais dificuldades podemconstituir “uma grande oportunidade” para Portugal. “Temos que nos posicionar para que, quando sairmos da crise, estejamos em condições que nos permitam dar um passo ainda maior e de forma sustentável. Não há razões para que os portugueses não tenham esperança no futuro”, concluiu.