A PSP saiu à rua em protesto contra o Governo pelo novo estatuto profissional da força policial. A manifestação, que juntou cinco mil agentes, iniciou-se nos Restauradores e terminou em frente ao Ministério da Administração Interna, na Praça do Comércio, em Lisboa. Pela primeira vez em vinte anos, as nove estruturas sindicais da polícias reivindicaram a uma só voz.

Uma manifestação de “sucesso”, afirmou António Ramos, presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP), em declarações ao JPN. “Conseguimos reunir mais de cinco mil agentes e demonstrámos força e união na luta pelas nossas causas.”

O sindicalista realçou, ainda, que “as reivindicações da PSP já são antigas e que se agravaram, ainda mais, com o governo de José Sócrates”. O porta-voz do SPP refere que o “novo estatuto profissional da PSP, ainda está em discussão”

Os polícias não vão, contudo, abdicar dos seus direitos, em especial “da exclusão da PSP da Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações da Função Pública”, da “pré-aposentação aos 55 anos de idade ou 36 de serviço”, da “atribuição do subsídio de risco a todos os profissionais” e da “da inclusão dos cônjuges nos serviços de saúde da PSP”, já que, diz António Ramos, “todos os meses” cada agente desconta 1,5% do vencimento.

A manifestação foi inicialmente marcada pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), a organização em que a PSP tem maior representatividade, mas recebeu uma forte adesão pelos restantes sindicatos da PSP.

António Ramos garante, ainda, que os sindicatos vão esperar por uma resposta do Governo à manifestação desta quarta-feira. Caso a resposta não “vá de acordo” com as reivindicações da PSP, “a luta vai-se agravar”, avisa.