Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, mostrou-se hoje satisfeito com a solução conseguida para a linha de Metro do Porto que vai ligar Matosinhos Sul à estação de S. Bento.

O traçado da linha do Campo Alegre foi apresentado, esta terça-feira, em reunião do executivo camarário. A comissão de acompanhamento da linha do metro analisou o corredor entre a rua Nun’Álvares e a estação de S. Bento, tendo chegado a um entendimento no passado dia 27 de Abril.

Tal como tinha sido avançado pela comissão em Março passado, a nova linha deverá ser enterrada à saída do Parque da Cidade, cruzando o subsolo da Avenida da Boavista, da futura Via Nun’Álvares, da Praça do Império e de grande parte da Rua de Diogo Botelho.

O vale de Fluvial terá metro à superfície para evitar a interferência com a ribeira da Granja. As composições voltam a enterrar na Rua de Diogo Botelho, na proximidade da urbanização das Condominhas.

A nova linha vai atravessar a Rua de D. Pedro V em forma de viaduto. Segundo o jornal Público, o desenho desta nova estrutura ainda não é conhecido. A empresa Metro do Porto apenas refere que “em princípio” não serão necessárias demolições. O viaduto da futura linha ocidental vai passar pelo lado sul das residências universitárias que existem na rua.

Reunião da Câmara do Porto

A reunião de Câmara do Porto foi ainda marcada por questões como a limpeza da cidade, a preservação do mobiliário urbano e ainda a crise dos clubes de futebol do distrito do Porto.

“Isto começou sem consenso nenhum, com o Metro a impor um absurdo completo e absoluto, e termina com uma solução de consenso”, afirmou Rui Rio no final da apresentação.

Apesar de considerar o resultado final “sensato”, o autarca admite que gostaria que o traçado “pudesse ser um pouco diferente, que pudesse haver uma outra solução na zona fluvial”. Rio não poupou, por outro lado, nas críticas ao primeiro projecto origina. “Impor o metro por cima da Praça do Império não tem pés nem cabeça, por cima da Diogo Botelho não tem pés nem cabeça, mas tudo isso foi resolvido”, ressalvou.

“Resta adequar o Parque da Cidade”, avisa Rui Rio, sobre aquele que promete ser o novo foco de discussão ao torno do futuro do metro. O arquitecto Sidónio Pardal ficou responsável por estudar a integração da futura linha do metro no Parque da Cidade.

Também Francisco Assis, do PS, considera que a solução conseguida parece “ser séria e acautela vários valores.” Satisfeito estava também Rui Moreira, que integrou a comissão paritária que, ao longo dos últimos meses, debateu a ligação de metro entre Matosinhos Sul e a Baixa do Porto. Para o presidente da Associação Comercial do Porto (ACP) primeiro desenho da linha era “trágico sob o ponto de vista da cidade.” Já a nova solução parece ser “muito aceitável sob o ponto de vista urbano.”