Com os ecos da história como melodia de fundo, num Estádio Olímpico mágico e totalmente lotado, Manchester United e FC Barcelona assumiram a luta e batalharam pelo trono do futebol europeu na noite desta quarta-feira, 27 de Maio de 2009. Nos livros da posteridade, apenas espaço para um: FC Barcelona.

Os catalães saíram da cidade eterna de Roma com o ceptro na mão, mais valioso porque conquistado ao seu anterior detentor, o Manchester United. Um africano, Samuel Etoo, e um argentino com estatuto de génio, foram “deuses” ao apontarem om os golos da noite de Roma.

Mas os primeiros capítulos de um livro com sotaque catalão começaram com sinfonia…lusitana. O melhor do Mundo, Cristiano Ronaldo, assumiu a responsabilidade dos grandes e nos minutos iniciais puxou para si o protagonismo da final italiana.

No primeiro minuto obrigou Victor Váldes a defesa incompleta que Park não aproveitou com um remate para o céu claro da noite romana. Seguiu-se mais um disparo fulminante que tirou tinta ao poste “blaugrana” e aos oito minutos, novo remate a centímetros da baliza fazia antever um Manchester embalado pela arte de Ronaldo.

Mas como em batalhas “corpo-a-corpo” a sequência dos golpes é aleatória, os gladiadores ingleses acabaram feridos de morte por um africano de sangue. Aos 9 minutos, Samuel Etoo deixou para trás Michael Carrick e de pé esquerdo, na pequena área, bateu fatalmente Edwin Van der Sar. Um sopro de euforia lavou a curva catalã e a história começava a escrever-se.

Messi eleva-se a imortal e coloca-se na “calha” para melhor do planeta

O Manchester United nunca foi capaz de elevar o seu futebol ao nível que já mostrou ser capaz e o Barcelona explanou o que melhor sabe fazer. Uma circulação de bola impressionante, imaculada, a tocar a arte do bom futebol. O perigo junto às balizas foi raro, mas a subtileza do jogo “blaugrana” quase dispensa o factor golo.

E assim, embalados pelo cântico da sereia reproduzida nos pés de Xavi, Iniesta e Messi, o jogo se foi desenrolando sem grandes sobressaltos até ao minuto 69. Aí, outra consagração terá ficado selada, para além do trono europeu destinado ao Barcelona.

O golo de Messi, de cabeça, deverá também ter confirmado o novo Rei do futebol Mundial. Um pequeno grande génio, de nome Lionel Messi. O 2-0 cerrou o livro e confirmou a 3ª conquista dos espanhóis na prova maior do futebol europeu.

Confirmou também o “triplete” de Guardiola no seu ano de estreia. Ao campeonato e à Taça do Rei, este “Barça” de outra galáxia fecha com chave de ouro a temporada.