Não pára de crescer o número de adeptos portugueses de Poker. Um jogo que outrora era jogado apenas nas salas de casino e em casas particulares, atinge agora uma nova dimensão, em Portugal, através do Poker online. Passam-se mais horas a jogar, joga-se em várias mesas em simultâneo, o que aumenta as probabilidades de ganhar dinheiro.

Mafalda Lopes joga Poker desde o Verão de 2006 e o jogo já lhe valeu uma ida a Las Vegas para participar no World Series of Poker. Para a “Moranguita”, como é conhecida nas mesas de jogo, o Poker era, no início, “um jogo que uma pessoa estava habituada a ver nos filmes e achava que era bastante interessante”. A curiosidade pelo desafio psicológico aumentou ainda mais depois de saber as regras e de se aperceber do “nível de estratégia”.

Já Tiago Barbosa diz em tom de brincadeira que começou a jogar por “más influências” há cerca de três anos atrás, com João Amorim e João Correia. Nenhum dos três sabia jogar, mas depressa se aperfeiçoaram na arte à medida que as horas de jogo foram aumentando. Actualmente os três jogadores jogam online todos os dias.

Tiago Barbosa considera que o Poker pode ser um jogo viciante se “não se pensar que é um jogo de sorte”. Uma “má gestão de bancas” é para João Amorim o factor que pode arruinar uma pessoa: “Se perdermos e depois tentarmos recuperar as perdas, pode levar ao vício”, avisa. João Correia simplifica a questão: “Se ganhar dinheiro é viciante, se perder não”, diz.

Para muitos, o Poker acaba por se tornar uma forma de rendimento, o que implica dedicar uma boa parte do dia ao jogo. João Correia participa em cerca de cinco torneios online por dia, o que lhe ocupa em média duas a três horas diárias. As horas que João Amorim e Tiago Barbosa passam a jogar rondam também as duas a três horas por dia.

Mafalda Lopes joga na Internet apenas como hobby, quando tem tempo disponível e não está a estudar: Mas “sempre que tenho tempo jogo”, realça a jovem.