Sediada em Lisboa, local onde opera unicamente, a Operação de Emprego para pessoas com Deficiência (OED), é a única entidade que faz uma ligação mais próxima entre as empresas e as pessoas com deficiência.
“Não se trata de uma questão social”. É o que responde a coordenadora da OED, Célia Fernandes, quando se pergunta acerca da aceitação das entidades empregadoras. “O nosso objectivo é que os empresários acreditem no mérito e que aquela pessoa tem competência para o trabalho”, explica, denunciando que a própria sociedade não acredita na pessoa com deficiência. “É uma questão de dar valor ao outro”, acrescenta.
Para além de ser a responsável pelo projecto de criação de bolsas de emprego para pessoas com deficiência, a OED consiste em recolher informações, interesses e as competências das pessoas com deficiência que se inscrevem, comprovando, devidamente, a sua condição. “É uma procura feita muito à medida das competências das pessoas”, revela Célia Fernandes. A OED atende cerca de 300 pessoas por ano. “Integramos 82 pessoas o ano passado”, afirma.
A ajuda é técnica. Apoiar quem tem capacidades na procura e manutenção de emprego é uma das funções desta entidade. Nem sempre é fácil porque “a actividade empresarial também não está completamente aberta”, lamenta a coordenadora.
Também o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) tem salvaguardas para pessoas com deficiência que procuram emprego. Os apoios vão desde a orientação vocacional até ao processo de contratação e de formação de empresas, tal como pode ser consultado no site do IEFP.