Passear num burro de Miranda do Douro em plena Baixa do Porto ou assistir ao enlace das “Noivas dos Clérigos” à moda de Las Vegas. Quase tudo vai ser possível na Rua Cândido dos Reis.

A terceira edição do festival “Se esta rua fosse minha…” é já este sábado e, mais uma vez, planeia moldar esta artéria portuense à imagem de cada um de nós (um mote expresso, aliás, no vídeo promocional).

A Câmara Municipal do Porto manteve os apoios que começaram a ser concedidos no ano passado, depois do sucesso da primeira edição. E, por isso, durante cerca de 12 horas, a Cândido dos Reis enche-se de actividades [ver programa em PDF] para todas as idades, com muita música, artes circenses, workshops e outras performances.

Este ano, o “Se esta rua fosse minha…” recebeu quase 100 propostas de artistas, das quais 25 foram seleccionadas. A organizadora Rita Maia, do bar e associação cultural Plano B, reforça a ideia de “aliar o tradicional ao contemporâneo”. “O que tem saído mais é a musica, mas há [outros] projectos engraçados. Vamos ter passeios de burros de Miranda do Douro e uma capela tipo Las Vegas para fazer [os] casamentos das Noivas do Clérigos.”

Música, malabarismo e cabaret

As actividades iniciam-se às 14h00 com a Lenga Lenga dos Gaiteiros de Sandim. A animação continua ao longo da tarde com várias performances e um recital para “mostrar que a poesia não é chata”, diz Rita Maia. A música regressa, mais tarde, com o grupo Charanga, seguidos da Banda Plástica de Barcelos. Após a actuação de Ja Basta (malabarismo), inicia-se a maratona musical do festival de rua.

A organização voltou a apostar na variedade. Desde o jazz dos Mikado Lab às “cornetas ligeiras independentes” dos Cli-xé, passando pelo rock dos israelitas TV Buddha até culminar no rockabilly dos Heavy Trash, uma das grande atracções desta edição.

Há ainda espaço para encontrar o companheiro da Noiva Cadáver de Tim Burton e para integrar um espectáculo burlesco com o Cabaret Internacional de Monsieur Pipon. A noite termina no Plano B com a electrónica de Publicist.

Enquanto isso, seis instalações artísticas mantêm-se na Rua Cândido dos Reis. Os mais pequenos podem participar nos três workshops de sensibilização artística. Mantém-se a “tela gigante para os miúdos pintarem”, os matraquilhos e os jogos pouco tradicionais.