No sábado, 4294 actividades vão decorrer em 170 países para “travar a crise climática”. A iniciativa insere-se na campanha 350.org que tem como principal objectivo “criar um tratado global de clima igualitário que diminua o dióxido de carbono até às 350 partes por milhão”, o mínimo essencial aconselhado por cientistas.
Portugal não ficou de fora do programa e vai albergar 30 acções em todo o país. O Porto acolhe seis iniciativas que se diluem em actividades de ciclismo e marcha em vários pontos da cidade.
Fundação da 350.org
A 350.org foi fundada em Março de 2008 por Bill McKibben e por uma equipa de voluntários que organizaram a campanha Step It Up de 2007. Segundo a organização, a iniciativa marcada para o dia 24 de Outubro “só é possível devido à rede de amigos e aliados que têm no mundo inteiro, incluindo ONG’s e organizações locais de base”. A 350.org e a Step It Up têm como apelo comum a diminuição do dióxido de carbono na atmosfera em 80% até 2050.
A organização marcou a iniciativa para 24 de Outubro de 2009, porque, segundo a 350.org, este “é um ano absolutamente crucial”, já que em Dezembro os líderes mundiais vão estar presentes numa cimeira em Copenhaga, na Dinamarca, para conceber um novo tratado global sobre a redução de emissões poluentes. Tal como está expresso no site, a organização pretende passar “uma mensagem clara” e salienta que as “soluções para a crise climática têm de ser igualitárias, de ter a ciência por base, e de estar a par da dimensão da crise.”
A 350.org quer que “o mundo se una” na tentativa de promover acções a fim de “evitar alterações climáticas descontroladas”. O objectivo é alertar para a “necessidade de um tratado internacional”.
Numa carta endereçada ao “Mundo”, a organização deixa o convite para aderir ao movimento e “mudar o mundo”. A 350.org frisa que “crise climática é o maior desafio que a civilização enfrenta” e pede ao cidadão comum que “organize uma acção na sua comunidade no dia 24 de Outubro”, como “passeios de bicicleta, marchas, concertos, caminhadas, festivais, plantação de árvores ou protestos”. A ideia é criar “um evento em cada lugar emblemático do mundo”, desde “os Grandes Lagos da América à Grande Barreira de Coral da Austrália”.
