Para combater a discriminação de trabalhadores com VIH, criou-se, em 2004, uma plataforma laboral, resultado da associação de mais de 50 empresas que aceitaram um código de conduta. Assinado em 2008, o documento prevê o respeito e a não discriminação dos portadores de VIH. O mesmo código prevê a divulgação de informações sobre a transmissão do VIH junto de trabalhadores e entidades patronais.

A Associação Empresarial Portuguesa (AEP) foi uma das primeiras entidades a assinar a plataforma. Cristina Duarte, engenheira da AEP, esclarece que há na instituição “uma dupla responsabilidade”, não só porque criou o código juntamente com outras empresas, mas também porque orienta outras organizações para a não discriminação de seropositivos.

A GlaxoSmithKline, companhia multinacional de investigação farmacêutica, é uma das empresas que se destaca na luta contra a discriminação laboral. Está, neste momento, a organizar um curso sobre infecção por VIH/SIDA. Recentemente, também a Delta Cafés aderiu a esta plataforma. Ainda nomes como a Cola-Cola e a CP fazem parte deste protocolo.

Cristina Duarte esclarece que existe uma preocupação cada vez maior por parte das empresas em relação aos portadores de VIH e uma consciência de responsabilidade social. O cuidado aumenta com os trabalhadores que se movimentam para países em que a incidência de casos de SIDA é maior. As empresas não só aderiram ao código de conduta, como também “têm-no integrado (mesmo) na sua política empresarial”.