As exposições nos museus apelam, habitualmente, apenas a um dos nossos sentidos: a visão. Para ajudar a mudar essa realidade, o Museu Papel Moeda, da Fundação Cupertino de Miranda, em parceria com a Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), oferece um workshop de Interpretação Sensorial a 10 de Dezembro.

A formação ensina os profissionais de museus a servir melhor as pessoas com deficiência. “Os museus estão cada vez mais empenhados em trabalhar com públicos com necessidades especiais”, declara a museóloga responsável pelo Serviço de Educação da Fundação Cupertino de Miranda, Sónia Almeida Santos, que está a adaptar as exposições do museu a pessoas com deficiência. “Para isso, há que desenvolver formas de comunicação que vão para além da informação visual”, explica.

Os objectivos da formação não são apenas incentivar a utilização de visitas orientadas ou de textos em Braille, mas também mostrar que é possível envolver as pessoas no museu através da criação de sons e outras formas de mostrar as colecções.

A ambição da responsável pela educação da Fundação Cupertino de Miranda é que, através destes encontros de pessoas responsáveis pelas colecções dos museus, as exposições se tornem efectivamente acessíveis a todos os públicos.

O workshop é orientado por Peter Colwell, técnico de acessibilidade da ACAPO e colaborador regular da Rede Portuguesa de Museus e surge uma semana após a celebração de mais um Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, assinalado a 3 de Dezembro.