Conhecer a história de Cedofeita, saber quem foram os Bragas ou descobrir os Mercadores da cidade são algumas das propostas do livro “As Ruas do Porto”, de Luís Miguel Queirós, que vai ser lançado, esta quinta-feira, às 18h00, no Palácio da Bolsa.

Jornalista do Público, Luís Miguel Queirós assinou, nos anos 90, uma série de crónicas dedicadas às ruas do Porto. Terão sido cerca de 160, mas apenas 42 se encontram no livro – aquelas que se situam no centro da cidade.

O livro surge agora, editado pela Figueirinhas, com o apoio da Associação Comercial do Porto, depois de alguns dos textos terem sido republicados na revista O Tripeiro.

A rua que afinal tinha escadas

Da altura da escrita, Luís Miguel Queirós guarda na memória as constantes visitas aos alfarrabistas em busca do livro certo ou de uma ou outra revista. Tudo para construir uma “biblioteca”, diz, em declarações ao JPN.

Claro que era sempre indispensável a visita à rua daquela semana. Mas houve uma vez sem exemplo. Luís Miguel Queirós recorda uma crónica em que, apertado com o tempo, não se conseguiu deslocar à artéria em questão. “Não escrevi nada de mal, mas, um tempo mais tarde, passei lá e reparei que a meio da rua havia uma série de degraus. Quem lesse a minha crónica ia perceber que eu nunca tinha estado lá.”

Luís Miguel Queirós salienta que não é “historiador”, pelo que os seus textos podem ser um trabalho de “divulgação” numa altura em que, no Porto, existe “um número considerável de pessoas com um interesse forte pela cidade”.