É uma “dança milagrosa”, uma “redescoberta da feminilidade”, que pode ser praticada em qualquer idade. As palavras são de Charlotte Bispo, professora de dança do ventre em várias escolas do Porto, que não se cansa de evidenciar as potencialidades terapêuticas a nível físico e psicológico desta arte oriental. “Bem-estar”, “reforço dos músculos” e aumento da auto-confiança são algumas das mais-valias.

Workshop na UP em Março:

A Universidade do Porto tem vindo a realizar váriosworkshops de dança do ventre. O JPN esteve na 8.ª edição (ver vídeo), que teve lugar na Faculdade de Desporto, a 5 de Dezembro. O próximo curso é a 20 de Março.

Os movimentos básicos da dança milenar são as ondulações, batidas de quadril e shimmies, em que apenas os ombros se movem, diz Bispo. Joga-se também com a criatividade e improvisação.

Os acessórios utilizados são vários: o véu, que representa a alma feminina e o elemento ar, a serpente, símbolo da sabedoria, o punhal, um pandeiro e a espada, cuja utilização remonta a antigas lendas, conta a professora.

A expressão dança do ventre surgiu em França, em 1893. No Oriente é conhecida como aqs sharqi ou raqs baladi. Com raízes no Médio Oriente e Ásia Meridional, foi na década de 90 que a dança do ventre ganhou maior impulso em Portugal durante a exibição da novela “O Clone”. É considerada uma dança sensual e envolvente, e, por isso, excluída de alguns países árabes mais conservadores.