Fátima Cortes, tal como inúmeros voluntários do Banco Alimentar (BA), sentiu o apelo de ajudar os outros. Já activa na federação do BA do Porto, decidiu ir mais longe e criar o Banco Alimentar Vianense, que nasceu em Junho de 2009.
No início com apenas duas pessoas, rapidamente o número se alargou, atingindo os vinte e dois elementos. Não faltam voluntários e são numerosas as pessoas interessadas em unir-se à iniciativa hoje em dia, revela a responsável pelo projecto vianense. Tal facto, entende a presidente, deve-se à crise económica que se vive em Portugal. “Há dois tipo de pessoas que ajudam: aquelas que dão porque gostam de dar, mas também há aquelas que receiam que a vida lhes traga um revés” e que tentam, desta forma, ajudar para mais tarde serem ajudados.
Na última campanha de sensibilização realizada o ano passado, em Novembro, as expectativas da instituição vianense foram ultrapassadas, com 68 toneladas de produtos recolhidos. O sucesso de tal campanha reflecte, entende a responsável, a preocupação que as pessoas têm em relação ao seu próprio futuro.
Com o agravamento da situação financeira, o crescimento súbito do desemprego que afecta indiscriminadamente um número cada vez maior de famílias, cada vez mais pessoas recorrem à solidariedade deste tipo de instituições. “Além daquela chamada pobreza, da qual já temos conhecimento e que as instituições estão a apoiar, há também aquela pobreza que não se dirige a parte nenhuma”, explica a responsável pelo Banco Alimentar Vianense.
A Federação do Banco Alimentar, continua a “alimentar a ideia” de solidariedade, de preocupação com o próximo, e afirma que é necessário fazer com que a “população levante a cabeça”.
A responsável apela a generosidade da sociedade em geral e realça a ideia de que “toda a gente que queira ser voluntário pode ser uma mais valia”. Os voluntários da instituição voltarão a recolher donativos na próxima campanha, que decorrerá na Primavera.