Desde que o metro começou a andar na cidade do Porto, em 2002, que “há menos 11 mil automóveis a circular na Área Metropolitana do Porto”. A certeza foi dada por João Marrana, da Metro do Porto, esta terça-feira, numa conferência sobre mobilidade organizada pelo semanário Grande Porto.
Os portuenses aderem cada vez mais a este transporte para as suas viagens diárias, mas lamentam a falta de parques de estacionamento. De acordo com os dados apresentados por Marrana, citado pelo Jornal de Notícias (JN), “o crescimento no último ano foi de 3%, apesar do tempo de crise que o país atravessou”. A crise, na verdade, acabou por ter um efeito contrário, como assegura, ao JPN, Cristina Sampaio, que viaja diariamente de metro. “Fica mais económico viajar de metro.”
Lino Ferreira, presidente da Comissão Executiva da Junta Metropolitana do Porto, também marcou presença na conferência sobre mobilidade, onde criticou, no entanto, o facto de não se “apostar em parques de estacionamento em zonas periféricas”.
Também Cristina Sampaio aponta para a mesma carência: “Na zona onde deixo o carro [Hospital S. João] não tenho estacionamento [providenciado pela Metro do Porto].”
Ainda assim, segundo o JN, Lino Ferreira mostra-se satisfeito com os resultados apresentados pela Metro do Porto, até porque considera “intolerável” a “intrusão” dos automóveis nos centros urbanos.