Em entrevista ao Jornal de Notícias, Teixeira dos Santos anunciou que três SCUT vão passar a ser pagas ainda este ano. O ministro das Finanças garante que todos os obstáculos legais “estão ultrapassados” e as SCUT (estradas sem custos para o utilizador) do Grande Porto, Litoral Norte e Costa da Prata vão mesmo incluir portagens.

A medida está prevista no Programa de Estabilidade e Investimento (PEC) e espera-se que represente uma receita anual receita anual a oscilar entre os 120 e os 130 milhões de euros.

As comissões de utentes contra as portagens nas estradas sem custos para o utilizador continuam, no entanto, a demonstrar o seu desagrado face a medidas desta natureza. O seu porta-voz, José Luís Ferreira, afirmou à Agência Lusa, que este anúncio do Governo é precipitado, uma vez que ainda não estão definidos os elementos que permitam avançar com esta legislação.

Fala-se da “regulamentação relativa aos ships de matrícula”, que ainda não se conhece, bem como da existência de “projectos-lei na Assembleia da República para revogar o dispositivo electrónico de matrícula”, apresentados pelo PSD, PCP e BE.

Em relação ao diploma aprovado na passada quinta-feira em Conselho de Ministros referente à possibilidade de introduzir portagens nas SCUT das zonas em questão, Gonçalo Oliveira, porta-voz do movimento contra as portagens nas duas SCUT que servem o Vale do Sousa (A41 e 42), disse à Lusa que os utentes vão mesmo continuar a “sua luta ainda com mais força”.