São as mesmas artes, mas o edifício é novo. Fala-se do Artes em Partes, que terá a inauguração oficial em Abril.

Em Outubro, um dos projectos culturais portuenses de mais sucesso trocou a antiga morada da Rua Miguel Bombarda pelo número 274 da Rua do Rosário. Agora que a galeria na cave já está pronta, Marina Costa, responsável pelo espaço, conta que a inauguração está para breve e que se esperam novas actividades, nomeadamente, a realização de um novo evento da Absolut Vodka, que foi organizado pelo Artes em Partes.

Projecto bem acolhido pelos novos vizinhos

O novo Artes em Partes foi bem acolhido pelos restantes comerciantes dos estabelecimentos da Rua do Rosário. José dos Santos, conhecido como Zé de Braga, é proprietário de um estabelecimento na mesma rua, e diz que o Artes em Partes veio valorizarainda mais a rua e trazer mais movimento.

O comerciante refere que a maior oferta atrai também maior procura, e que, por isso, a rua se tornou mais dinâmica com este novo espaço. Apesar de já estar atrás do balcão há 24 anos, José dos Santos admite que aprendeu com os novos comerciantes, porque, “do nada, ou de algo supérfluo, criaram um excelente conceito de negócio”.

Nuno Faria, também comerciante na Rua do Rosário, já conhecia o antigo Artes em Partes.Mal soube que o espaço tinha mudado de morada, pensou, imediatamente, que essa seria uma mais-valia para a rua. Quanto às diferenças entre o antigo Artes em Partes e o novo, Nuno Faria aponta as melhores instalações, que vieram a melhorar o comércio dentro do edifício.

As diferenças entre o antigo espaço e o novo

No novo edifício, uma casa Arte Nova, de 1928, que foi recentemente recuperada, as lojas agrupam-se no rés-do-chão, num “open-space”.

No novo espaço estão agora cinco projectos, para além da galeria de arte na cave: a Wohh!, uma selecção de vestuário vintage, de Filipa Alves; a Musak, primeira loja de discos de vinil usados a surgir no Porto; a Madame Janvier, um negócio dedicado a vários tipos de crafts, de Helena Rocio Janeiro; a Bling Bling, da designer gráfica Ana Alves da Silva, que estreou aqui um novo projecto, prometendo parcerias com outras marcas; e, finalmente, a Arranha Céus, loja especializada em mobiliário e objectos vintage, pertencente a Marina Costa, responsável pelo espaço.

Para Marina Costa, a mudança para este edifício completamente restaurado tornou o espaço mais homogéneo, até porque, agora, as lojas são apresentadas de uma maneira diferente.

Quanto ao movimento que o Artes em Partes trouxe à Rua do Rosário, Marina sublinha que veio descentralizar o comércio. “Uma loja com o reconhecimento do público portuense, como o Artes em Partes, ao deixar de estar situado numa das artérias principais da cidade, e passando a estar numa outra rua, atrai os clientes e faz com que o comércio se disperse pela cidade e não esteja todo concentrado numa única zona.”

Para Marina Costa, o Artes em Partes é um projecto que ganhou ainda mais qualidade neste novo espaço e que pode definir-se numa única expressão: uma loja personalizada.