“Um mercado alternativo”. É assim que Joana Gaio, responsável pelo espaço “Rivoli Cinema”, classifica o conceito de hostel, que se começa a implementar no Porto. Procurados, sobretudo, por jovens viajantes, os hostels são pensões que oferecem preços mais baixos comparativamente aos hotéis e florescem um pouco por toda a Europa. Segundo o Hostelworld, um website especializado no assunto, existem já 59 hostels no Grande Porto.

Para Suzy Faria, responsável do “6Only Guest House“, os hostels são procurados por um público específico, pelo que não é preciso gastar muito dinheiro em divulgação. “Quem quer os hostels tem de procurar bem”, afirma. Este tipo de alojamento é procurado, maioritariamente, por turistas com idade até os 35 anos, que pretendem desfrutar da cidade a baixo custo.

O aumento de hostels na cidade pode trazer várias vantagens ao Porto, entende Vera Campos, responsável pelo “Porto Downtown“. A principal ocorrerá se os “estudantes” que aproveitam estas pensões para pernoitar gostarem da cidade e quiserem “vir para cá estudar” mais tarde.

Uma aposta diferente, que, embora acolhida positivamente pela cidade, só crescerá se os “factores económicos, profissionais e técnicos” o permitirem. Para além disso, para o desenvolvimento deste fenómeno é preciso, segundo Vera Campos, um elevado “espírito de iniciativa”. Já Joana Gaio pensa que “é possível que aumente” o número de hostels na cidade do Porto, mas positivo será se “o turismo crescer com isso”.