O Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Luís Amado, acredita que a política externa pode ser uma das soluções para os problemas nacionais, nomeadamente os económicos. Amado esteve, esta quarta-feira, no Palácio da Bolsa, na última sessão das “Conferências do Palácio”, onde não deixou de apontar para as estratégias que Portugal terá de seguir para reforçar o seu posicionamento no panorama geopolítico internacional.

Lusofonia:

Sobre a Lusofonia, Luís Amado referiu que, apesar de considerar que “a propriedade da Língua Portuguesa” já não ser de Portugal, o esforço pelo seu desenvolvimento deve ser conjunto e deverá dar motivos de optimismo para o futuro.

Numa primeira fase, o país deve “afirmar-se na sua dimensão europeia e ibérica” e adaptar-se a essa realidade. Depois, “desenvolver relações com o mundo que se afirma”, o mundo das economias emergentes e em expansão que, segundo o ministro, têm tudo para reconhecer Portugal como um país forte.

Foi, de facto, essa a linha que orientou o discurso de Luís Amado. Introduzido por Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, entidade que organizou a sessão, o MNE enfatizou a necessidade de alargar as fronteiras nacionais, quer pela promoção da lusofonia, quer pela “redefinição da aliança transatlântica”. Apostar no estreitamento de relações com os países que estão a conhecer um crescimento económico exponencial deve ser um dos caminhos.

Neste contexto, a prioridade da política externa portuguesa é, para além de “reforçar a participação de Portugal no sistema internacional”, apoiar a recuperação económica do país.