A estação de televisão britânica “Sky News” avançou esta manhã que o Reino Unido vai expulsar um diplomata israelita, alegadamente envolvido no fabrico de passaportes falsos. Os documentos de identificação terão sido usados no homicídio do líder do Hamas, Mahmoud al-Mabhouh, em Janeiro, no Dubai.

Segundo o “Daily Telegraph”, o embaixador israelita em Inglaterra, Ron Proser, foi convocado segunda-feira pelo ministro dos Assuntos Exteriores para ser informado do resultado da investigação sobre as circunstâncias do assassinato que incriminava doze cidadãos britânicos. Fontes consultadas pelo jornal, mas que não querem ser identificadas, confirmam que o governo do Reino Unido acusa um oficial israelita de alto nível do sucedido.

Mahmoud al-Mabhouh foi assassinado no passado dia 19 de Janeiro num luxuoso hotel do Dubai. As autoridades policiais dos Emirados Árabes Unidos acusam a Mossad – serviço secreto israelita – de ser responsável pelo assassinato do antigo líder do Hamas. A execução teve a participação de 27 operacionais. A maior parte das identidades veiculadas nos passaportes falsos são de cidadãos estrangeiros que passaram por Israel, cujas identidades foram roubadas nos controlos aeroportuários.

Segundo as imagens das câmaras de vigilância do hotel onde estava al-Mabhouh, os suspeitos usaram perucas, óculos de sol, bigodes falsos e chapéus e pagaram todas as contas em dinheiro. Provinham, segundo os passaportes, de países diferentes e ficaram hospedados em diversos hotéis, para não levantar suspeitas.

O Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros escusou-se, até ao momento, a prestar quaisquer comentários sobre a notícia avançada pela “Sky News”. Israel não confirmou o seu presumível envolvimento no homicídio de Mahmoud al-Mabhouh.