A eficiência energética na reabilitação de centros históricos foi o tema apresentado na 2.ª conferência IMOBITUR, que se realizou na sexta-feira, na Exponor. O caso do Porto esteve em destaque num seminário que teve como objectivo falar sobre o programa de reabilitação urbana na cidade. Também a utilização da eficiência energética como uma mais-valia na construção e a apresentação do Guia de termos de referência para o Desempenho Energético-Ambiental tiveram espaço no seminário.

Rui Quelhas foi o escolhido para a abertura da sessão, como representante da Porto Vivo, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense. O administrador discursou sobre as mais-valias do processo, resultado de uma parceria “única e vanguardista” entre várias entidades, entre elas o Laboratório de Física das Construções da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

O administrador referiu, também, que a iniciativa “talvez” seja “a maior intervenção energética no Porto”. Seguidamente, o representante da Direcção Regional da Cultura, Jorge da Costa, frisou que a acção “ultrapassa a visão de que o património” é algo “imovível” e que “cheira a mofo”. Segundo o arquitecto, o processo tem como objectivo reavivar o património e trazer uma lógica de “inovação, de experiência e sustentabilidade” ao ramo.

Cerca de “dois terços” do edificado do Porto é “candidato a reabilitação”, revelou o presidente do Conselho de Administração da AdEPortos. Eduardo de Oliveira Fernandes afirmou ainda que a Guia apresentada se torna “um desafio” na área se fazer “melhor”.

A Guia, apresentada por Vasco Peixoto de Freitas, contém uma série de normas para a reconstrução urbana, pretendendo ser um instrumento que facilite o processo. Segundo o professor do Laboratório de Física, “é preciso encontrar uma chave certa” para “cada edifício”, pois é uma “intervenção individualizada”.