Reaberto há um mês, o Clube Fluvial Portuense tem agora uma “política diferente” de gestão que tem dado bons frutos, reunindo já 1400 associados, explica o presidente da Comissão Administrativa, Jorge Marques.

“A acção mais importante foi isentar as pessoas de jóia durante Março.” Findo o mês de isenção, o valor aumentou agora para 75 euros (antes da reabertura era 50 euros).

Este aumento deu-se, esclarece Jorge Marques, para evitar que na altura das férias as crianças e jovens associados transformem o complexo numa “piscina de lazer”, o que traria ao clube uma “série de reclamações”, já que se trata de um espaço de treino.

Para além da isenção, o Fluvial terminou com a “taxa de utilização”. “Antigamente as pessoas pagavam dez euros mensais e sempre que iam à piscina pagavam dois euros. Agora vão passar a pagar apenas 15 euros mensais.”

Estas medidas foram “fundamentais para atrair sócios”, diz Jorge Marques. Se é verdade que os 1400 sócios já são um bom número, o responsável não quer ficar por aqui. “Não é um número viável”, diz, até porque o Fluvial já teve, outrora, seis mil associados.

Melhorar as condições de limpeza

O clube tem também feito um esforço no sentido de melhorar as condições de limpeza, assim como da “qualidade da água”, agora a cargo de empresas externas. “Agora as pessoas, quando entram no complexo, sentem que as coisas mudaram.” Tanto que o Fluvial vai neste mês receber duas provas internacionais de hóquei subaquático, o que, para o presidente, “é um prestígio”, e só demonstra que o Fluvial “reúne as condições necessárias” para receber os atletas.

Com uma dívida de dois milhões de euros, o Clube Fluvial Portuense viu-se obrigado a fazer um “processo de insolvência com recuperação” e a “renegociar com os credores”. Quanto aos salários em atraso, o presidente explica que o clube fez um “contrato de publicidade”, cujo “montante permitiu pagar os salários em atraso”. “Este mês foi pago com a gestão corrente sem problema nenhum”, refere.

A caminhar para a viabilidade, o clube conta receber, a partir de Outubro, cerca de “um milhão de pessoas por ano”, graças à abertura do supermercado e da loja gourmet do El Corte Inglês.

“Hoje em dia ir ao Fluvial não é só ir as piscinas. Tem um health club, uma zona comercial, vai ter uma clínica, e, em Outubro, o Corte Inglês. Ninguém vinha para o Fluvial se não houvesse a credibilidade que há agora.”