São muitos os candidatos que vêem no INOV-Art uma boa oportunidade de conseguir emprego na sua área. Para João Paulo, fotógrafo e candidato eliminado, “se não são estas ajudas, torna-se complicado” arranjar emprego. Também Ana Gonçalves, designer, entende que esta iniciativa”pode servir de ‘trampolim’, de forma a aprender mais”, sendo essa a razão pela qual participa.

No entanto, existem apenas 200 vagas e a maioria dos candidatos acaba por ser eliminado. Perante a realidade actual do país, onde o desemprego jovem impera, muitos são aqueles que acabam por sair de Portugal à procura de uma nova oportunidade.

Apesar de estar empregada, Ana Gonçalves quer sair de Portugal, encontrando-se a “concorrer para uma bolsa na América”. João Paulo vai apostar, também, na sua formação, pretendendo fazer mestrado na Holanda. O fotógrafo destaca a importância da formação para “quando as coisas melhorarem”, estar “apto para agarrar o mundo do trabalho”.

Tal movimento de jovens criativos, que saem do país em busca de novas oportunidades no estrangeiro, vai “empobrecer a cultura nacional”, afirma João Paulo. “A cultura vai pagar um preço caro a médio prazo porque eu e outras pessoas acabamos por sair”, remata o fotógrafo.

Apesar de criticarem o processo de selecção do projecto, a maioria dos candidatos concorreria numa próxima edição do INOV-Art, pois é uma “excelente oportunidade” de emprego. A DGArtes deixou no ar uma possível terceira edição pois, como conta fonte do INOV-Art, “constitui um dos apoios internacionais mais significativos à especialização e valorização profissional dos jovens”.