Quase três anos depois do incêndio que destruiu o edifício, a histórica discoteca portuense situada no Parque Itália poderá estar de volta já em Julho. Nuno Rodrigues, Mário Machado, Ezequiel e Magalhães formaram sociedade para devolver este espaço à cidade.

Segundo Nuno Rodrigues “o processo começou com o Ezequiel”, que foi segurança do local durante cerca de vinte anos. “Ele fez o convite e nós achamos interessante a ideia”, referiu ao JPN, acrescentando que “em conjunto, poderiam devolver o ‘glamour’ das décadas de 80 e de 90 à discoteca”.

A aquisição do espaço de diversão nocturna será formalizada na próxima semana, mas os co-proprietários já estão a trabalhar. “O trabalho de limpeza e reconstrução é a prioridade” para o grupo de empresários.

Swing: local de referência nocturna durante duas décadas

Este foi um local de referência de diversão nocturna da cidade durante 26 anos. Em 2007, no dia de São João, o espaço foi destruído por um incêndio. Para pagar dívidas, a discoteca e outros bens (como balcões, sofás e televisores) foram colocados à venda em hasta pública no mês passado por 330 mil euros.

A empresa SPE Design está a desenvolver protótipos, com vista a formular o projecto para entregá-lo na Câmara Municipal do Porto (CMP) ainda este mês. Nuno Rodrigues revelou que “a remodelação arquitectónica visa tornar o espaço mais moderno, mantendo pormenores antigos”.

O objectivo da gerência do Swing “é resgatar o ambiente que casa teve nos tempos áureos”. A diversidade será o factor mais atractivo para os clientes, num espaço que se espera “multidisciplinar e com gente de todos os estratos sociais”.

A aposta maior será em ter todas as semanas actividades diferentes e festas temáticas. No entanto, segundo referiu Nuno Rodrigues, “a programação ainda não está definida”. Sabe-se, para já, que o espaço funcionará de quarta a sábado e abrirá um domingo por mês, dia em que se realizarão os Bailes dos Bombeiros, uma actividade já com tradição no Swing.

O co-proprietário da discoteca referiu, ainda, que não faltarão novidades, até porque “é necessária uma adaptação às mudanças da noite do Porto”.

O cumprimento da perspectiva de reabrir em Julho dependerá agora das entidades competentes, que irão avaliar o projecto a entregar.