Um mercado de sabores e aromas tradicionais. É sobre este lema que cresce a ideia do projecto-base do Bolhão, elaborado pela Direcção Regional de Cultura do Norte(DRC-N). O processo de remodelação visa melhorar as instalações a nível de segurança e higiene, facilitar a acessibilidade e aumentar o leque de ofertas para os clientes.

O projecto-base de remodelação do Mercado do Bolhão, aprovado pelo IGESPAR, foi apresentado quarta-feira na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), por João Carlos Santos, da DRC-N.Segundo o responsável, a Câmara Municipal do Porto (CMP), “propõe uma nova matriz do espaço”, para ir de encontro “aos novos mercados do resto da Europa”.

Quem vem pela Rua Formosa e entra no Mercado, tem, hoje em dia, acesso directo ao sector da fruta. Depois da remodelação, a entrada principal terá elevadores, que farão com que os clientes tenham acesso a todos os pisos do Bolhão a partir do piso 0. Será neste andar que será feita a venda de produtos frescos, havendo, também, um local reservado a exposições e concertos. No que diz respeito aos restantes pisos, o piso um será ocupado pelo serviço de restauração,o piso intremédio por talhos e as alas laterais por divisões de gestão e admnistração do mercado.

As alterações no Bolhão incluem, também, a construção de um estacionamento subterrâneo com capacidade para 95 lugares, cuja entrada será feita por uma rampa na rua Alexandre Braga. Atendendo, igualmente, à questão do acesso, será realizada uma ligação entre o mercado e a estação de metro do Bolhão. No piso -1 serão construídos balneários, vestiários e instalações sanitárias para os comerciantes do Mercado, sendo que o espaço será, também, utilizado para a realização de cargas e descargas.

Tais modificações, entende João Carlos Santos, são necessárias tendo em conta as “exigências sanitárias em vigor”.

A ideia da construção de uma cobertura no Mercado, que já vinha do projecto original, vai ser retomada. A construção é importante na medida em que, entre outras razões, impede a chuva e a entrada de aves e possui uma ventilação natural. No entanto, o “passadiço” que liga uma ala a outra do mercado “poderá ser demolido”, atendendo às “deformações apreciáveis na sua formação”, afirma João Carlos Santos.

No final da apresentação, o membro da DRC-N lançou o desejo de que a remodelação do Mercado do Bolhão “revitalize esta parte da cidade, que tanto precisa”.