Al Masri e Al Baghdadi, dois líderes da Al Qaeda no Iraque, foram assassinados, no domingo, durante uma operação militar conjunta entre forças do exército americano e iraquiano. Segundo informa o site da operação militar americana no Iraque, o ataque ocorreu perto da localidade de Tikrit.

O vice-presidente norte-americano, Joe Biden, já se manifestou acerca do assunto e assegurou que a morte dos dois líderes da Al Qaeda significa um “golpe potencialmente devastador” para a organização terrorista. A figura de estado acrescentou ainda que esta operação demonstra “uma melhoria na segurança e o fortalecimento das capacidades das forças iraquianas”.

Em comunicado, o comandante das tropas americanas nos Estados Unidos, Raymond Odierno, descreveu esta operação como “o ataque mais importante à Al Qaeda no Iraque desde o início da insurgência”.

O erro de Nouri al-Maliki

O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, foi o primeiro a dar conta da morte dos dois líderes de longa data da Al Qaeda no Iraque, numa conferência de imprensa, mostrando fotos dos terroristas vivos e mortos.

Contudo, a Al Jazeera relembra que em Abril do ano passado, Nouri al-Maliki confirmou a morte de Al Baghdadi, o que mais tarde veio a ser desmentido.

Mustafa al-Ani, conselheiro de Segurança do Centro de Pesquisas do Golfo (GRC), em declarações à Al-Jazeera, acredita que Maliki não cometeria desta vez o mesmo “risco” de não verificar a real identidade do suspeito, mas, ao mesmo tempo, defende que há a possibilidade de que o “Baghdadi” morto na operação militar seja apenas uma “personagem fictícia usada pela Al Qaeda”.

Os terroristas

Al Baghdadi proclamava o título de Príncipe do Estado Islâmico do Iraque, uma organização da qual fazem parte oito grupos de insurgentes islâmicos e que está directamente vinculada à organização terrorista internacional dirigida por Osama Bin Laden, cuja célula no Iraque era dirigida por Al Masri.

Na operação, que decorreu às primeiras horas da manhã e culminou com o assalto a uma vivenda onde se escondiam os dois rebeldes, foram detidos 16 militantes extremistas. Durante as manobras militares, um soldado americano morreu devido à explosão de um helicóptero.