A frase do título não é minha e apesar de concordar com ela percebo quem discorda, pois afirmar que alguém é inequivocamente o melhor do Mundo é uma análise, no mínimo, complicada.
A frase do título é de Pep Guardiola, treinador do Barcelona, que na época passada ganhou todos os títulos que havia para ganhar, e já nesta época venceu todos os títulos referentes a competições da época passada (Supertaças).
A frase do título é de Pep Guardiola em relação a José Mourinho, treinador português do Inter de Milão.
A frase do título foi dita antes do jogo das meias-finais da “liga milionária” entre blaugranas e italianos, em que a equipa do treinador luso venceu por 3-1.
A frase do título foi antes desse jogo, o primeiro que a super-equipa de Messi, Xavi, Ibrahimović e companhia perdeu por diferença superior a 1 golo na era Pep Guardiola.
A frase do título é o reconhecimento entre os seus pares. É a afirmação (se é que seria necessário afirmar alguma coisa) do melhor entre os melhores, por um outro que também vai, dentro em breve, pertencer a essa elite de melhores.
Porquê? Porque em valores individuais, esta equipa de Mourinho é provavelmente, de todas as equipas que o treinador conduziu desde que chegou ao Porto, a mais fraca. Porque esta equipa não tem soluções de banco, não pode ter Henry ou Bojan à espera de entrar, porque esta equipa tem Quaresma que não é convocado e sobretudo porque esta equipa de Mourinho tem Balotelli, um prodígio físico e técnico, um fascínio com a bola nos pés que, ao contrário do seu mister, não deve muito à inteligência.
Mario Balotelli é daqueles astros que se vêm de 100 em 100 anos. Pleno de fulgor, nascido com um dom. Infelizmente só um, porque na cabeça tem muito pouco ou nada.
O que me admira em toda esta situação é que Mourinho tenta, aconselha, fala, ataca e Balotelli é incapaz de mudar. Mourinho que sentou o eterno capitão do Porto, Vítor Baía, na bancada por muito menos, que disse a Ricardo Carvalho, em Inglaterra, que se o jogador não sabia porque não jogava era porque “não tinha grande Q.I.”. Mas nem assim Balotelli vai lá.
E não há-de ir.