A Universidade do Porto (UP) vai coordenar a recuperação do património da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP). O acordo foi assinado na quinta-feira na sede da Santa Casa, na Rua das Flores.

O protocolo assinado pelo reitor da Universidade do Porto, José Marques dos Santos, e o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, José Luís Novaes, estabelece um acordo de cooperação, a longo prazo, na requalificação do património que a Misericórdia do Porto detém. A UP vai analisar e diagnosticar o estado dos mais de mil edifícios que a SCMP detém.

António Tavares, vice-provedor da Santa Casa do Porto, também presente na celebração do acordo, referiu que o “protocolo é para durar muito tempo”, até porque, havendo um edificado tão numeroso, a SCMP pretende que a “Universidade do Porto acompanhe e faça apoio técnico nas várias fases”.

Quanto à intervenção nos edifícios, António Tavares explica o que se pretende da cooperação. “Vamos avaliar os edifícios para saber o que fazer com eles. Nós queremos hoje ter a capacidade técnica da UP para nos dizer o tipo de abordagem a fazer aos edifícios e se as abordagens pretendidas são viáveis.”

Os responsáveis pelas duas instituições apontaram razões simétricas para a formalização do acordo. Este é, diz Marques dos Santos, um projecto que se dedica à potencialização da cidade: “Trata-se de um impulso conjunto para que a cidade possa ser melhor e possa atrair mais gente para viver nela com qualidade.”

Ainda não se conhecem os números da intervenção decorrente do protocolo, sabendo-se apenas que a prioridade do projecto será o próprio edifício onde este foi assinado, a sede da SCMP, na Rua das Flores. Neste caso, está prevista a integração de um museu da Santa Casa no edifício.