A empresa de actividades ao ar livre “Extremos” quer obter autorização para realizar saltos de bungee humping da Ponte D. Maria Pia, aguardando uma resposta da autarquia há já vários anos. Depois de anos à espera de uma reacção da Câmara do Porto, alguns monitores executaram mesmo alguns saltos no passado sábado, 24 de Abril, entre as 15h00 e as 19h00, hora em que foram abordados pelas autoridades.

“A denúncia, pelo que nos foi dito, foi feita pelos vizinhos à Polícia Marítima, que por sua vez contactou a PSP. Denunciaram que estavam crianças a saltar da ponte, o que é ridículo pois estávamos todos providos com equipamentos de segurança”, declarou, ao JPN, Cláudio Lopes, um dos sócios da empresa. Ao local compareceram ainda três viaturas dos Bombeiros Sapadores do Porto.

Os saltos não foram um acto de rebeldia ou um alerta, evidencia Cláudio Lopes. “O acesso para a ponte não está vedado ao público e não tem qualquer sinalização que impeça as pessoas de subir. Foi uma actividade como temos feito noutros pontos do Porto, mas uma proporção desmedida com a denúncia.”

Vão ser feitos novos contactos

Depois de várias esforços no sentido de obter autorização da autarquia, a empresa tentou saber que entidade seria a concessionária da estrutura, ao que lhes foi informado que seria a REFER.

Cláudio Lopes afirma que já está a ser preparado um pedido de autorização para a rede ferroviária, que também já enviou para as câmaras de Gaia e do Porto um estudo prévio para a criação de um corredor ciclo-pedonal na ponte D. Maria.

O sócio da Extremos diz que a empresa quer fazer saltos de forma legal. O próximo passo é contactar a REFER, as câmaras de Gaia e do Porto, a empresa Gaianima e a PortoLazer.

Em contrapartida, Cláudio Lopes garante que a empresa faria vigilância da ponte, visto que a possibilidade de crianças utilizarem a ponte para brincar é real. Seria também feita a vigilância da segurança da estrutura, com relatórios sobre o estado de conservação da ponte. O objectivo é colocar a Ponte D. Maria Pia no roteiro mundial de bungee jumping.

A empresa está há 11 anos no mercado, e efectua actividades de resgate e manobras com cordas, contando entre os seus clientes entidades como o INEM, Cruz Vermelha e bombeiros.