A importância da televisão e dos novos media na transmissão de informação dos Jogos Olímpicos foi um dos temas em destaque na conferência “Reserarch on Media Covarage of the 2008 Olympic Games”. Emilio Fernandez Penã, director do Centro de Estudos Olímpico (CEO-UAB), marcou presença na terceira conferência dos 25 anos do jornal “O Jogo”, ciclo realizado em parceria com o curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto.

Para Emilio Peña, a televisão é o meio por excelência de divulgação dos Jogos Olimpicos, pois o futuro passa por um “modelo audiovisual”. Apesar das maiores receitas serem provenientes das transmissões televisivas, estas não podem ser entendidas apenas como uma oferta económica. A televisão tem de promover os “ideais e valores olímpicos do desporto”, refere.

Factor, também, importante na emissão dos Jogos Olímpicos é a audiência feminina. Para o director do centro de estudos olímpico, é necessário “criar condições para agradar ao público feminino”.

Quando abordado sobre o tema das emissões via web, Emilio Peña é peremptório em afirmar que “a Internet não dá dinheiro”. No entanto, não é um meio a descurar, até porque tem uma maior “capacidade de regeneração por parte dos usuários”. A capacidade de regeneração e de criação de conteúdo pode ser encarada como algo negativo para a emissão dos Jogos Olímpicos. Emilio Peña refere que “é preciso criar uma fórmula para controlar os novos media”, tendo em conta que “qualquer um pode ser um editor”.

Apesar de ser “difícil que uma iniciativa individual tenha mais repercussões que uma organizativa”, é preciso ter atenção à influência dos blogues e do Facebook, salienta o director do Centro de Estudos Olímpico.