O primeiro dia da iniciativa dedicada ao emprego e ao empreendedorismo foi marcado pela apresentação de projectos de apoio à inserção profissional. José Costa, técnico superior do Instituto de Formação e Emprego Profissional (IEFP), foi o primeiro a discursar terça-feira no Anfiteatro Nobre da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (UP).

O técnico apresentou um programa de estágios profissionais inserido na “Iniciativa Emprego 2010”. O projecto destina-se a desempregados que estão à procura do primeiro emprego ou de um novo emprego, com formação superior e menos de 35 anos. De acordo com o técnico, a iniciativa tem como objectivos “apoiar a transição para o mercado de trabalho” e ajudar as empresas “para que consigam renovar os quadros e aperfeiçoar as competências dos estagiários”.

Programação

As conferências e workshops vão ter lugar durante os dias 11 e 12 de Maio. Quarta-feira, a iniciativa vai ser dedicada ao empreendedorismo e inovação e conta com a presença de:
– Miguel Martins – presidente do CEDUP – João José – director do Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico da FEUP – A organização Júnior Achievement – Jorge Costa – do Programa Finicia Jovem

“No final do estágio o que se pretende é que as empresas fiquem com os estagiários”, afirmou o técnico. Até porque “a lei prevê penalizações para as empresas que não fiquem com os estagiários”, como refere. Segundo José Costa, “há muitas empresas” a recorrer a esta iniciativa e “a maior parte indica o estagiário que quer”, sendo que, aa Região Norte, “só 1% das empresas não indica o estagiário”.

Qualquer jovem se pode candidatar a um estágio profissional “que tem de ser coincidente com a formação académica”. De acordo com o técnico, o programa “não está limitado a áreas” e conta já com uma taxa de empregabilidade que ronda os “70%”.

Partir em busca da União Europeia

Albino Oliveira, responsável pelos programas de mobilidade dos alunos da UP, também marcou presença na Semana de Emprego e Empreendedorismo. Albino Oliveira falou do programa Erasmus, tanto a nível de “período de estudos” como “de formação e estágio profissional”. De acordo com o responsável, qualquer aluno “pode participar” nos dois tipos de mobilidade, desde que a “faculdade o permita”.

“A gestão da própria vida, o conhecimento de outra língua e o contacto profissional”, são algumas das vantagens apontadas por Albino Oliveira relativamente aos programas de mobilidade. Mas a iniciativa também tem as duas desvantagens, sendo que “a adaptação a outras culturas por vezes é um choque” e o regresso “também não é fácil” para muitos.

Albino Oliveira não deixou de falar, também, do programa “Da Vinci”, destinado a “diplomados que não estejam matriculados”. O projecto segue de forma idêntica as directrizes do programa Erasmus, mas ainda “não existe financiamento” para o mesmo.

Os projectos são alargados aos 27 países da União Europeia e contam com a Turquia como país associado. Para já, ainda “não há números” relativamente à taxa de empregabilidade, mas Albino Oliveira garante que “há casos de sucesso”.