“Mulheres vão poder ser padres”, “As propinas vão acabar em 2011”. Estes títulos não reflectem a realidade, mas foram credíveis por uns minutos. A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) distribuiu segunda-feira a edição zero do jornal “i Diário”, na Estação de Metro Baixa-Chiado, em Lisboa, jornal composto por “notícias fictícias que deviam ser realidade”.

A ideia de criar um jornal com notícias fictícias surgiu da vontade de despertar consciências e mostrar que alguns estereótipos podem ser “normais” pois, como considera a vice-presidente da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), Salomé Coelho, “não é assim tão utópica a sociedade que permite a igualdade”. A responsável esclarece que o objectivo do jornal era “marcar uma posição com a vinda do Papa a Portugal, mostrando um discurso alternativo das pessoas que o vão receber”.

A distribuição do “i Diário” foi realizada por pessoas vestidas de uniforme e muitos transeuntes acreditaram que se tratava de um jornal novo. A vice-presidente salienta que “as reacções das pessoas foram filmadas e houve até momentos de diversão”.

Inicialmente, a ideia passava apenas pela edição zero, mas devido ao impacto positivo, Salomé Coelho confessa que “está aberta a possibilidade de ser feito um i Diário feminista”.