“Encontros Portugal-China” é o título da exposição, inaugurada ontem, quarta-feira, no Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), que analisa a história da expansão da cultura oriental na Europa ao longo dos séculos.

A exposição, que decorre até 20 de Junho, ilustra o primeiro momento da influência da China em Portugal, visível, por exemplo, na utilização de objectos típicos como as louças e o chá, passando depois para o fenómeno que se verifica, actualmente, no Porto, onde a comunidade chinesa se encontra integrada na sociedade.

Para ilustrar esta influência oriental, o Museu Nacional Soares do Reis (MNSR), juntamente com os representantes da Liga dos Chineses em Portugal, o Instituto para a Cooperação e Desenvolvimento Portugal-Oriente (ICODEPO) e a Universidade do Porto (UP), trouxeram às salas do museu “peças muito representativas” desta realidade, pertencentes a “famílias e coleccionadores” e cedidas ao museu, referiu, ao JPN, a directora do MNSR, Maria João Vasconcelos, durante a inauguração.

“É uma maneira de mostrar o interesse e o entusiasmo com que as pessoas ao longo do século XIX e do século XX foram olhando para esses objectos orientais”, considera a responsável.

O presidente da Liga dos Chineses em Portugal, Y Ping Chow, espera que esta exposição “ajude na integração e credibilidade da comunidade chinesa”, dando a conhecer ao público o “desenvolvimento dos chineses no Porto e a relação de Portugal com a China”.

No decorrer da inauguração, foram oferecidas aos visitantes típicas pinturas de caracteres chinesas elaboradas por um artista oriental. Uma cortesia, diz Y Ping Chow, para as “pessoas que gostam de chineses e que compram artigos idênticos nas lojas dos chineses”.

E, em dia de inauguração, houve mais uma surpresa: a dança de um dragão chinês na área exterior do museu, mais uma demonstração da cultura oriental.