No dia em que se revisitou o estudo de 2007 da Portela +1 como opção para fazer face ao aumento de utilizadores do aeroporto lisboa, questionou-se, também, o adiamento do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) anunciado pelo Governo. Rui Moreira admite que a decisão “dá algum tempo para retomar a discussão” sobre o aeroporto, mas confessa que a mesma gera preocupação.
Para o presidente da Associação do Comércio do Porto, a preocupação reside em saber se “é uma decisão que acaba por ser imposta ao Governo português e que acaba por ser quase em forma de ultimato”, esclarece Rui Moreira. Caso se confirme esse cenário, não haverá margem para grandes investimentos. “Corremos o risco de que, por ter tomado más decisões ou por não ter tomado as boas decisões no tempo certo, não podermos tomar nem boas, nem más decisões”.
Já Álvaro Nascimento, um dos autores do novo livro da Associação do Comércio do Porto “Recursos a Voar: como decidir o investimento público em tempo de crise”, é mais peremptório em afirmar o seu receio. “Não me parece que a solução seja parar tudo de repente”, afirma o autor. “Se houver tempo para esperar, é uma decisão que pode ser tomada”, entende, acrescentando que, “se não houver tempo porque a Portela está a atingir o máximo de capacidade, então que se pense na maneira do investimento ser bem feito”.
Assim, Álvaro Nascimento, adianta uma hipótese. “A melhor solução seria ponderar se é realmente preciso algum espaço ou algum sítio” no caso da Portela necessitar de algum “auxiliar para satisfazer a procura”.