O Partido Socialista (PS) apresentou, na Assembleia Municipal, esta terça-feira, uma proposta para a criação de “um novo espaço de lazer” na Praça Mouzinho de Albuquerque, mais conhecida como Rotunda da Boavista.

Manuel Correia Fernandes, vereador do PS, enumerou a “proximidade da Casa da Música” e o facto de ser um “eixo de orientação da cidade” como as “características particulares” da rotunda que levaram à escolha do local.

A Câmara Municipal do Porto acolheu positivamente a proposta lançada, aceitando o projecto mas decidiu adiar a discussão do projecto para a próxima semana, depois de algum debate. Na origem da confusão esteve o facto de a proposta de animação da Rotunda da Boavista incluir a denominação do espaço verde como “Jardim da Música”, situação que criou a ideia entre os presentes de que o nome da praça seria mudado. No entanto, ainda não foram divulgados mais pormenores, nem a partir de quando o mesmo será colocado em prática.

Outra proposta aprovada em Assembleia Municipal foi a pavimentação do Nó de Francos. Rui Sá, vereador da Coligação Democrática Unitária (CDU), considera que a situação actual do local, para além de colocar em “causa a segurança dos utilizadores”, “não ajuda a dignificar a cidade”, pelo que lançaram a proposta em Assembleia.

Proposta de criação de incubadora de empresas não foi aprovada

Outras ideias foram debatidas na reunião municipal, acabando por não ser aprovadas. É o caso da proposta da CDU, que defendeu a reabertura do Museu da Ciência e Indústria. Tal proposta foi apresentada por se considerar que, com o Museu aberto, “será mais fácil encontrar parceiros” para o projecto e “garantir a sustentabilidade”, explica Rui Sá.

No entanto, a ideia não foi aceite, pois, segundo explica Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP), a autarquia “não tem condições” para tal, atendendo “aos custos inerentes” à abertura do mesmo. Para o presidente, a solução passaria por, primeiro, aglomerar as “principais empresas industriais do Grande Porto” de volta do projecto e só depois proceder à reabertura do Museu da Indústria.

Outra ideia não aprovado foi colocada pelo PS, que propôs a retirada dos imóveis da CMP da venda em hasta pública, ideia que incluía a transformação do antigo Matadouro Municipal numa incubadora de empresas. A ideia não reuniu a maioria dos votos favoráveis de que precisava, porque, segundo Rui Rio, tal situação seria prejudicial para as finanças da Câmara. “Nada garante que o [preço do] imobiliário irá subir num período de tempo aceitável”, explica o presidente da CMP, o mesmo não acontecendo com os juros, “que irão subir”.

Durante a reunião, Rui Rio acabaria, também, por apontar Gonçalo Gonçalves, vereador do Urbanismo, como substituto para o seu cargo na Metro do Porto. A próxima Assembleia Municipal acontecerá no dia 1 de Junho.

Artigo corrigido às 15h06 de 19 de Maio de 2010