Ainda é incerto se a Feira do Livro do Porto, que arranca a 1 de Junho, vai ter lugar nos Aliados ou na Rotunda da Boavista. Em declarações ao JPN, Avelino Soares, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), diz estar à espera de um comunicado da Câmara Municipal do Porto (CMP) em reposta à carta enviada há dois dias pela APEL, mas salienta que até amanhã, sexta-feira, tudo tem de estar resolvido.

“Está a ultrapassar todas as datas”, refere, esclarecendo que há prazos a cumprir. Caso a polémica não se resolva, admite, até, avançar “para uma nova abordagem”, que pode significar uma nova mudança de local.

Avelino Soares desmente também as notícias que davam conta do interesse da Câmara de Gaia para receber o evento, sublinhando que “não existe qualquer fundamento na informação”. “Não há contactos com Gaia, estamos a negociar com o Porto.”

Recorde-se que, ontem, quarta-feira, no blogue dos consultores editoriais Booktailors foi anunciado que a Feira do Livro iria realizar-se em Gaia.

Um impasse

Se a APEL afirma que o evento vai ter lugar na Rotunda da Boavista, a CMP parece não partilhar a mesma opinião, mantendo a Avenida dos Aliados como local para o evento.

Na sexta-feira, a APEL anunciou, em comunicado, que, devido ao prolongamento da Feira do Livro de Lisboa, o certame portuense teria de ser adiado para 1 de Junho. Além disso, o evento iria mudar-se para a Rotunda da Boavista.

No entanto, ao que o jornal “Público” apurou, a autarquia diz que não foi contactada, afirmando só ter tido conhecimento dessa alteração pela imprensa. Garantiu ainda que, à luz do protocolo celebrado entre as duas entidades, a Feira mantém-se nos Aliados até 2012.

Fonte da APEL disse ao JPN que a escolha da Rotunda da Boavista foi tomada com o conhecimento da câmara. Já a autarquia não se mostrou disponível para dar declarações, mas fonte da CMP remeteu a questão para a APEL.

O JPN vai continuar a acompanhar o impasse quanto à localização da Feira do Livro do Porto.