Era “uma pessoa brilhante” e um “amante de todo o tipo de arte”. Ao JPN, a presidente da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, Maria Helena Serôdio, lamenta a perda para “a cultura, a universidade e o teatro” de “uma pessoa de muito valor”.

Paulo Eduardo Carvalho, desaparecido ontem, integrava a Associação e colaborava na revista “Sinais de Cena”, que a presidente classifica como “um projecto muito ligado às suas ideias e à sua dedicação”.

No teatro, o encenador “tinha uma presença muito sólida e um entusiasmo contagioso”. “Era um militante cultural activo com um conhecimento da realidade nacional e internacional”, acrescenta.

“A respiração natural dele era a de ajudar, escrever e encenar.” Em cada projecto em que colaborava, Paulo Eduardo Carvalho “conseguia galvanizar grupos de discussão”. “Deu um impulso fundamental no diálogo da Língua Portuguesa com outras culturas.”

Maria Helena Serôdio orientou a tese de doutoramento do tradutor, intitulada “Identidades Reescritas – Figurações da Irlanda no Teatro Português” e confessa que o amigo fará “uma falta terrível”.