No dia 20 e 21 de Maio, a Câmara Municipal do Porto realizou um leilão para pagar o acordo extrajudicial do Parque da Cidade.

Durante os dois dias, não houve interessados para a compra e, como consequência, não houve licitações. Os 22 lotes, que incluem terrenos e edifícios, que o Município tentou alienar não despertaram interesse do mercado. A sala esteve quase vazia e não houve nenhuma intervenção para além dos anúncios dos leilões.

No final do acto público, estava previsto que o director municipal de Finanças e Património, José Branco, fizesse um balanço. Contudo, não houve declarações, porque o director não marcou presença.Resta, agora, ao Município accionar os contratos-promessa que assinou com investidores e vender pelo valor mais baixo.

O Secretariado da Comissão Política Concelhia do PS afirma que, “se os terrenos e edifícios forem adequadamente aproveitados, podem contribuir para um esforço de reanimação da vida económica da cidade”. Pelo contrário, entendem os socialistas, “a sua alienação para efeitos de especulação imobiliária, não tem qualquer interesse estratégico para o Porto”. “Ainda por cima, sendo a venda realizada por um preço manifestamente baixo, trata-se de um crime contra o património da cidade”, remata.

“O insucesso da hasta pública dá à Câmara Municipal do Porto uma nova oportunidade para reavaliar a proposta do PS de instalar no antigo Matadouro Industrial do Porto uma incubadora de empresas de base tecnológica”, não deixa de salientar o Partido Socialista. A ideia, recorde-se, não foi aprovada em Assembleia Municipal.