O Porto vai acolher mais uma Marcha do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) que, sob o lema “Existimos, Direitos Exigimos”, vai levar centenas de pessoas a marchar contra a discriminação no dia 10 de Julho. “Queremos chamar a atenção, porque a discriminação continua aí e as pessoas continuam a ser discriminadas”, evidencia João Paulo, um dos organizadores da Marcha Orgulho do Porto (MOP).

História da Marcha do Orgulho

A 10 de Julho acontece a 5.ª Marcha do Orgulho LGBT. A marcha realiza-se todos os anos e, ao longo de quatro anos, muitas pessoas marcharam em busca da igualdade:
2006 –A 1.ª Marcha do Orgulho LGBT, no Porto, teve como temática os Direitos Humanos e como lema “Um presente sem violência, um futuro sem diferença”.
2007 –A 2.ª Marcha do Orgulho LGBT no Porto contou com o tema da Igualdade de Oportunidades e com o lema “Queremos igualdade, exigimos oportunidades”.
2008 – Já a 3.ª Marcha do Orgulho LGBT relacionou-se com o tema da Educação Sexual e teve como lema “Igualdade é essencial. Educar é fundamental”.
2009 –Finalmente, a 4.ª Marcha do Orgulho LGBT no Porto, teve como tema a Família e viu em “Na felicidade e na dor o que faz a família é o amor!” o seu lema.

O grande objectivo de mais uma edição da marcha é “renovar o alerta” contra a discriminação, para que as pessoas tenham consciência de que “para se ser discriminado, basta que se seja ser humano e que os outros, por algum motivo, vejam neles motivos de discriminação”, lembra João Paulo.

Este ano espera-se uma maior adesão à Marcha do Orgulho, agora que está dado mais um passo na luta contra a desigualdade, mas ainda faltam muitos outros. “Entre a educação sexual, a parentalidade, a procriação medicamente assistida, entre muitas outras coisas, tínhamos, também, a bandeira do casamento que, neste momento, está aprovada”, esclarece o organizador. Para além disso, a motivação das pessoas será maior, “mais que não seja para festejar o facto das coisas terem acontecido nesse sentido”.

“Acredito que mesmo aquelas que batalharam na retaguarda e que davam apoio a quem se manifestava, queiram vir dizer ‘uau, até que enfim”, explica João Paulo. Assim, se no ano passado aderiram cerca de mil pessoas, este ano é esperado o “dobro ou mais”.

Quanto ao percurso, este ano a Marcha tem ponto de encontro marcado na Praça da República, seguindo pela Rua Gonçalo Cristóvão, Rua Santa Catarina e indo até à Rua 31 de Janeiro. De seguida, o grupo descerá até à Estação de S. Bento, passando por Sá da Bandeira e terminando o seu percurso na Praça D. João I. É esperada uma novidade na Praça, novidade essa que ainda está a ser preparada, mas que contará com um palco “onde vai ser feita alguma manifestação política, manifestação lúdica e alguns espectáculos”, afirma João Paulo.