Guimarães foi o destino do Grande Prémio do Novo Norte 2010 – “Boa Prática Regional do Ano”.
O Instituto Europeu e Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, do grupo de investigação 3B’s (Biomaterials, Biodegradables and Biomimetics) da Universidade do Minho, arrecadou a grande distinção, assim como a de Norte Inovador, na sessão que decorreu na quinta-feira na Casa da Música.

Para Nuno Neves, docente do 3B’S, a distinção “é um reconhecimento a nível regional do contributo” que o projecto de investigação tem vindo a dar, tanto na “visibilidade a nível da projecção da investigação”, como no “impacto económico” que o projecto pode causar na região.

A pensar nos benefícios financeiros que o projecto pode trazer para a região, Nuno Neves pretende, agora, utilizar os “resultados de investigação e a qualidade de investigação” para “criar valor e oportunidades na zona das Caldas das Taipas”.

Um dos principais objectivos do projecto vencedor passa pela área da engenharia de tecidos, de osso e de cartilagem. “Desenvolver terapias para a solução de problemas de saúde”, nomeadamente aqueles que ainda não têm uma solução viável, é um dos propósitos.

Nuno Neves não descarta a ideia de uma candidatura aos Prémios Novo Norte 2011, afirmando que a equipa dos 3B’s é “extremamente competitiva”, algo que está “no código genético do projecto”.

Os restantes vencedores

Empreendedor, Sustentável, Criativo, Inclusivo, Civitas e Inovador eram as seis distinções a concurso nos Prémios Novo Norte 2010, uma iniciativa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Norte (CCDR-N) e do Jornal de Notícias (JN). Dos 186 concorrentes, 30 chegaram à fase final, sendo que cada categoria tinha cinco finalistas.

O centro de Genética Clínica e Patologia (CGC Genetics) arrecadou o primeiro prémio na categoria Norte Empreendedor. Fixado na cidade do Porto, o CGC Genetics foi o primeiro laboratório privado de genética médica em Portugal.

O vencedor do prémio Norte Sustentável foi a paisagem protegida das Lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos, localizada em Ponte de Lima. Já a distinção Norte Criativo foi atribuída ao projecto Comédias do Minho, da Associação de Desenvolvimento de Actividades Culturais no Vale do Minho.

Quanto ao prémio Norte Civitas, a Rota do Românico do Vale do Sousa levou a melhor em relação aos restantes finalistas. Por último, a categoria Norte Inclusivo destacou o projecto “A Casa vai a Casa”, da Fundação Casa da Música.

Testemunhos e marcas para o futuro

O debate que antecedeu a entrega de prémios, denominado “Testemunhos e marcas para o futuro”, moderado por Paulo Ferreira, subdirector do JN, contou com a presença de Teresa Lehmann, vice-presidente da CCDR-N, Mário Silva, gestor do Programa Operacional do Norte e Armando Pereira, ex-vice presidente da CCDR-N.

“O Norte é uma região plena de talento, de oportunidade, plena de futuro”, referiu Teresa Lehmann, salientando ainda que a afirmação da região passa por “comunicar mais e melhor”. Já Armando Pereira destacou o facto de a maior parte das iniciativas terem grande “preocupação ambiental”.

Segundo Mário Silva, caminha-se, actualmente, para uma mudança do “modelo competitivo na economia que deixou de ser credível”. Deste modo, é necessário apostar em criar “nomes de referência de projecção internacional”.

As estatuetas foram produzidas por alunos e professores da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Paulo Ferreira engrandeceu o trabalho realizado. “É desta massa que o Norte e o país precisa para ultrapassar este mau momento”, rematou.