Desengane-se quem pensa que o tricô pertence às avozinhas ou é uma moda passageira. O “Dia Mundial de Tricotar em Público” (World Wide Knit in Public) vem provar precisamente o contrário. Este evento internacional, criado em 2005, pela americana Danielle Landes, já é comemorado no Porto desde 2007, mas tem, este ano, a sua expressão maior.

Sábado também há Jam Session:

Quem prefere a música ao tricô pode participar naquela que diz ser “A Maior Jam Session de Sempre“. A ideia é levar um instrumento à escolha para a Praça D. João I às 19h00 e… tocar. A acção, que não deve demorar mais do que 15 minutos, é orientada por um moderador.

Três grupos de tricô decidiram juntar-se e invadir o Jardim da Cordoaria amanhã, sábado, a partir das 14h00, para, como é hábito, tricotarem em conjunto. Mas em vez de se reunirem no Magnus Coffee, na Casa da Horta ou na loja Ovelha Negra, os poisos habituais das Tricotadeiras do Porto e da Hora do Ponto, optaram por um “encontro informal” em que toda a gente pode participar, confirma, ao JPN, Joana Nossa, proprietária do estabelecimento totalmente especializado na área.

E tudo porque “há muita gente a tricotar” e “há muita vontade de tricotar”, enfatiza. “Como pode ser uma actividade solitária, serve para partilhar ideias e para que as pessoas deixem de ser tímidas e possam tricotar com outras pessoas num espaço público.”

Joana Nossa repudia a ideia que o tricô seja uma moda no Porto, apesar de cada vez haver mais artesanato que recorre a esta arte. “Eu faço tricô desde os oito anos. Acho é que em Portugal o conceito chegou a estagnar, mas lá fora sempre houve lojas e actividades. E há muitos designers no desemprego que utilizam o tricô para canalizar a criatividade.”

Por isso, a responsável espera “muita gente” no evento de amanhã, sábado. E não só mulheres. “Há homens a tricotar, é transversal, não é algo urbano.”