O festival de curtas de Vila do Conde está de volta e promete ser, durante uma semana, o “epicentro português da reflexão em torno do cinema e do audiovisual”. Pela cidade nortenha, passarão diversas curtas-metragens nacionais e internacionais, que competirão em diversas categorias. Para além da competição, o certame também oferece aos visitantes diversas masterclasses e exposições.

Este ano, a temática é o Analog 3D, , explica Nuno Rodrigues, da organização, uma “aposta do festival” explicada pelo facto de atravessarmos um “momento em que está muito em voga” com a “revitalização das salas do cinema”. Como tal, faz todo o sentido “revisitar os momentos do cinema 3D”, com um “programa de retro 3D” com enfoque nos filmes produzidos nos anos 50, com diversos clássicos da época.

Outro dos destaques vai para o “Da Curta à Longa”, onde se acompanha a introdução de “autores que foram apresentando curtas no festival” no mundo das longas metragens, com especial destaque para os filmes de Sam Taylor-Wood e Katell Quillevéré, em antestreia nacional.

Nuno Rodrigues salienta, também, a presença no festival de Ken Jacobs, “figura importantíssima” da ligação entre o cinema e as outras artes, que apresenta uma exposição de Action Cinema no primeiro dia do certame, participa numa masterclass e actua em espectáculo próprio, na segunda-feira.

De resto, a “aposta na relação entre o cinema e as artes” não é novidade, sendo essa uma das “imagens de marca do festival”, que o “torna singular”. A conexão entre a sétima arte e a música não é excepção, este ano pontuada pela “criação de obras originais” e bandas sonoras para filmes, em filmes-concerto e na “manipulação de imagem com acompanhamento musical”. Por Vila do Conde passarão projectos musicais e actuações de nomes como Rita Redshoes, Orelha Negra, alguns integrantes do grupo Dead Combo e François Sahran, acompanhado dos portugueses Drumming.

Assinaladas, este ano, as dezoito edições do certame, Nuno Rodrigues garante que o festival “há muito que atingiu a maioridade”. “Este é um dos festivais do género mais conhecidos internacionalmente”, salienta. Para o futuro, a única garantia é a de que “o festival irá certamente manter a qualidade”, continuando a apostar na “perspectiva da relação entre o cinema e as artes”.

A 18.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Vila do Conde acontece de 3 a 11 de Julho.