A esplanada em frente ao “Piolho”, na Praça Parada Leitão, foi chumbada pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR). A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias (JN), que afirma que, apesar do parecer negativo do IGESPAR ter sido emitido em Maio, segundo o vereador do Urbanismo Gonçalo Gonçalves, só chegaria às mãos da Câmara Municipal do Porto (CMP) há cerca de quinze dias.
O projecto, que não gerou consenso entre os que utilizam o espaço da praça, já está concluído desde Abril.
Segundo explica o jornal, a autarquia não ouviu o IGESPAR antes de aprovar a estrutura de metal e vidro do arquitecto Rui Barros Silva por entender que a estrutura “não carecia de parecer prévio”, pois era considerada uma “estrutura amovível”.
O pedido de parecer apenas foi feito já quando a obra se encontrava a ser executava, depois de reclamações feitas à CMP por vereadores do PS e PSD. Mesmo assim, as obras não cessaram.
A conclusão, agora conhecida, do IGESPAR tem por base o facto de a estrutura se asemelhar mais com um edifício do que com uma esplanada. Para o Instituto, as esplanadas são, por definição, “ocupações do espaço público”, “pouco construídas e com carácter precário”.
Estuda-se, agora, a forma de evitar a demolição da estrutura, paga pelos proprietários dos cafés da zona.
De acordo a edição de hoje, quinta-feira, do JN, o IGESPAR chegou mesmo a contactar a autarquia por duas vezes através da Direcção Regional de Cultura do Norte, mas nunca obteve resposta aos dois ofícios enviados a 27 de Janeiro e 1 de Março.