Na Europa, o pergaminho e (com menor frequência) o papiro serviram, durante um longo período de tempo, como principal suporte da escrita. No séc. XV, com a invenção da imprensa, a publicação livros generalizou-se e massificou-se. O papel torna-se, assim, o principal suporte de informação, mas a natureza do papel condiciona bastante o trabalho do restaurador/conservador.

Conservar ou restaurar a informação?

No restauro e conservação, as áreas de especialização organizam-se, partindo do denominador comum semelhantes problemas e procedimentos. Salvador Muñoz Viñas diz que o ofício se aplica, essencialmente, em três tipos de “centros” : bibliotecas, arquivos e museus. Mas por que motivo o autor fala em “conservar a informação” e não em “restaurá-la”? Muñoz Viñas defende que a informação não pode ser “restaurada”, a não ser pelos próprios meios do historiador.

Tal acontece devido aos perigos do restaurador “restaurar” partes que se perderam definitivamente e, desta forma, recriar a informação, podendo assim dar-lhe outro significado ou mesmo alterar a obra. Um conservador deverá possuir características de investigador e impedir que a informação se perca, para que a conservação seja feita de forma correcta.

Conservação preventiva e integrada

“Todas as formas de conservação são preventivas, pois todas tencionam manter o objecto no seu estado actual, evitando as possíveis alterações que pudessem surgir com o passar do tempo”, refere Muñoz. Por isso mesmo, diz, todas as formas de prevenção previnem futuras alterações.

A autora Ana Calvo acrescenta, ainda, que a conservação e o restauro se complementam, mas “a restauração é a consequência da ineficácia ou ausência dos meios preventivos.” Mafalda Veleda utiliza a analogia da saúde para que melhor se compreenda o impacto da prevenção. Chamaa atenção para a quantidade de produtos que já estão a ser banidos nos EUA e Canadá por motivos ambientais e destaca algumas formas naturais de prevenção, como, por exemplo, adequar o espaço às obras de arte.